UNICEF e Aldeias Infantis promovem programação para crianças e adolescentes venezuelanos em alusão ao Dia Mundial do Refugiado
Atividades são realizadas nos espaços do projeto Súper Panas, no Amazonas e Pará, com atividades recreativas, educativas e de apoio psicossocial. Dia Mundial do Refugiado é celebrado em 20 de junho.
Manaus, 18 de junho de 2021 – Em homenagem ao Dia Mundial do Refugiado, a Aldeias Infantis, por meio do projeto Súper Panas, idealizado pelo UNICEF, promove a Semana do Refugiado, com diversas atividades para crianças e adolescentes indígenas venezuelanos da etnia warao e não indígenas que residem nos abrigos em Manaus, no Amazonas, e em Belém, no Pará. O objetivo é promover a conscientização e espaços recreativos em alusão à data, celebrada no dia 20 de junho.
“Essa é uma data expressiva para conscientizar todos sobre a situação desses milhares de pessoas que buscam em outros países um recomeço para sua vida. Por isso, estamos realizando uma semana com atividades para essas crianças e esses adolescentes venezuelanos, nos espaços onde já acompanhamos as respectivas famílias, para que eles possam se sentir cada vez mais acolhidos, bem como tenham momentos de diversão e aprendizado”, afirmou Edson Bahia, coordenador geral do projeto.
A programação da semana em homenagem ao Dia Mundial do Refugiado conta com rodas de conversa sobre direitos do refugiado e migrante, exibição de filmes, narração de histórias e diversas dinâmicas, para que esses meninos e meninas possam aprender brincando. Em Manaus, as atividades de recreação ocorrem nos quatro espaços do projeto: Terminal Rodoviário, Posto de Interiorização e Triagem para Imigrantes (Pitrig), localizados na Zona Centro-Sul; e em dois abrigos situados no bairro Tarumã Açu, Zona Oeste da cidade. Em Belém, as ações ocorrem em quatro espaços da capital paraense e em três comunidades do município de Ananindeua, situado na região metropolitana.
“Nesse contexto extremo de transformações sociais e em meio à pandemia, o Súper Panas atua para assegurar que a população migrante e em situação de refúgio, em especial crianças e adolescentes, tenha acesso a espaços de recreação, lazer, diversão e aprendizado com segurança e proteção. Apesar do contexto de pandemia, as ações de cuidado e proteção são fundamentais para que esses meninos e meninas cresçam com segurança e alcancem a legítima emancipação”, declarou Debora Nandja, chefe do escritório do UNICEF em Manaus.
No contexto da emergência migratória, o Brasil registra, até o momento, a entrada de mais de 264 mil migrantes, refugiados e requerentes de asilo venezuelanos. Estima-se que cerca de 30% dessa população seja composta por crianças e adolescentes. Atualmente, estima-se que 25 mil residam no Amazonas, principalmente em Manaus; e quase 1.000, no Pará, em sua maioria, em Belém.
Recentemente, o Brasil reconheceu 21 mil venezuelanos como refugiados, em uma decisão inédita reconhecida pelas Nações Unidas como fundamental, dado o contexto de emergência e as necessidades de proteção internacional dessa população.
Sobre Súper Panas
O espaço Súper Panas – que pode ser traduzido como “super amigos” em espanhol – oferece atividades recreativas, educativas e de apoio psicossocial, integrando os programas de educação e de proteção da criança e do adolescente. A ação atua também na prevenção de violências, abuso e exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Ao total, são 25 espaços Súper Panas nos estados de Roraima, Amazonas e Pará, sendo quatro localizados em Manaus e um em Belém. Nesses espaços, em 2020, mais de 20 mil crianças e adolescentes venezuelanos participaram de atividades multidisciplinares oferecidas por educadores, monitores, psicólogos e assistentes sociais. Os Súper Panas integram as diretrizes de educação e proteção infantil conforme o que está estabelecido no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança.
Em Manaus e Belém, desde o primeiro semestre de 2020, os espaços Súper Panas estão presentes em abrigos coordenados pelas gestões municipal e estadual, organizações da sociedade civil e o Exército Brasileiro, no âmbito da Operação Acolhida do Governo Federal. São mais de 50 profissionais que, para atuação nesses espaços, foram capacitados pelo UNICEF e seus parceiros com base em normativas nacionais e internacionais de atenção a crianças e adolescentes em situação de emergência. Parte dessa equipe é composta por profissionais venezuelanos, inclusive, da etnia indígena warao, o que promove uma maior adaptação das atividades e dos serviços em respeito à diversidade cultural apresentada nos espaços.
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